Alguns motivos que podem fazer você desistir do tiro com arco

1. Equipamento incorreto. Muitas pessoas, ao iniciar o tiro com arco, acreditam que acertar um alvo do tamanho de uma laranja a 10 metros de distância é tão fácil quanto acertá-la com uma carabina. Esse é um erro bastante comum principalmente quando opta pelo arco clássico (recurvo, longbow etc). O arco composto é menos susceptível aos erros do arqueiro, mas isso não quer dizer que tudo é tolerado. E é óbvio que em competições para ficar bem posicionado, com arco composto você deverá pontuar muito mais uma vez que as categorias são separadas e o que é mais fácil para você é, em geral, também mais fácil para todo mundo. No final, a dificuldade de se situar entre os top 10 será a mesma. E essa dificuldade inicial será amplificada se for feita escolha incorreta do material.

• a. Arcos muito potentes. Dificilmente você conseguirá adquirir uma boa postura utilizando potência excessiva uma vez que os músculos exigidos no tiro com arco estarão pouco desenvolvidos.
  
  b. Arcos de tamanho incorreto. Especialmente para arcos compostos, apesar de existirem múltiplas regulagens, poderá haver a limitação da polia excêntrica. Geralmente os arqueiros superestimam a puxada. Para os arcos clássicos, a utilização de arcos de tamanho incorreto gera esforço nos limbs fora dos limites para os quais foram projetados (para mais ou para menos).
  
  c. Arcos de propósitos e práticas diferentes. Um arco de caça tem tamanho menor e grande potência privilegiando a penetração da flecha. Ancorar um arco de caça para praticar target é até possível mas provavelmente no final do torneio você estará sujeito a uma fadiga. Numa caça você irá atirar algumas flechas durante um dia inteiro. No target são várias flechas em poucas horas.
  
  d. Acessórios de propósitos diferentes. Utilizar estabilizador de target para caça, mira, rest, release, etc é até possível mas nunca irá garantir o melhor desempenho e você estará sempre um passo atrás dos outros competidores.
  
  e. Flechas incorretas. Este é um dos pontos mais importantes. Conheço atiradores que desanimaram e quase desistiram até descobrirem que as flechas eram o cerne do problema dos agrupamentos. Existem hastes menos caras, caras e muito caras. As menos caras servirão para atirar de curtas distâncias e apenas nos primeiros meses quando o equipamento não fará tanta diferença. Se for levar o esporte a sério, invista em hastes de qualidade compatíveis com a potência do arco e da puxada. Analise o spine dinâmico (pontas, vanes, forma de release,tipo de arco, tipo de cam) e estude os charts dos fabricantes antes de sair comprando. Resista à tentação de adquirir o mais barato. Existem razões para as hastes custarem caro (tolerâncias rígidas de spine, retidão e peso que muitos fabricantes insistem em omitir por motivos óbvios). Já as muito caras são para quando você se tornar um exímio atirador e merecedor de algo mais.
  
  f. Equipamentos de qualidade duvidosa. Todo mundo gostaria de adquirir o melhor e o mais barato. Mas na maioria das vezes essas duas qualidades não andam juntas. Uma mira que se solta durante os tiros, um rest que teima em segurar as vanes e afrouxar a haste, um plunger fabricado com material de baixa qualidade, tudo isso influencia nos agrupamentos. Antes de comprar, pergunte e pesquise bastante e esteja aberto à opinião de pessoas idôneas que utilizam ou já utilizaram o produto. Esteja especialmente atento à entrada de novos fabricantes cujo histórico ninguém conhece.
  

2. Equipamento desregulado. De nada adiantará atirar com o melhor arco do mundo se ele não estiver perfeitamente ajustado. Esse ajuste, chamado de tuning, permite obter a excelência do equipamento. Se você, inicialmente, não for capaz de fazer esses ajustes, procure auxílio de alguém com experiência. É importante salientar que o equipamento estará ajustado à condição física atual do arqueiro e também às características das flechas utilizadas. Qualquer mudança nesses dois itens deverá ser analisada cuidadosamente e o arco novamente ajustado.

3. Lesões. Geralmente ocasionado por postura incorreta ou arco excessivamente potente. Não tenha pressa, aprimore os fundamentos e só depois pense em atirar uma flecha a 90 metros. Faça o aquecimento correto, leia e pergunte sobre esse assunto, consulte um médico ou um profissional de educação física. Uma lesão, dependendo da gravidade, pode torná-lo inapto para este esporte pelo resto da vida.

4. Falta de relacionamento. Apesar de ser um esporte individual (mesmo praticado em equipe, o resultado dependerá dos outros mas o tiro é exclusivamente de responsabilidade do único arqueiro) é necessário um mínimo de convívio para trocar experiências com um grupo que tem gosto em comum. Perguntar sobre técnicas, equipamentos, conversar amenidades, promover eventos, experimentar equipamentos faz com que, não só o esporte mas a vida, se torne mais agradável. E também encurta o caminho aprendendo com o erro dos outros. Existem diversos fóruns na internet com pessoas do mundo inteiro perguntando, respondendo, marcando competições, encontros e compartilhando dúvidas e sugestões.

5. Falta de persistência. Diferentemente do que vimos nos filmes, atirar bem com arco requer dedicação. Apesar do imediatismo de hoje em que tudo que queremos podemos obter num piscar de olhos, o tiro com arco é um esporte milenar. E durante milênios o princípio do esporte é o mesmo, quase imutável. Os problemas de puxada, ancoragem, mira, largada etc são os mesmos dos arqueiros ancestrais. E por essa razão, até hoje não existe nenhum método que converta um novato em um excelente arqueiro em curto espaço de tempo. No início até acertar uma laranja a 10 metros será um grande obstáculo a ser superado. Depois, uma laranja a 20 metros e assim por diante. E a sensação de acertar o centro do alvo a 70 metros é algo que só quem tiver persistência conseguirá saber. É indescritível e vale a pena.

6. Falta de informações. Um bom arqueiro além de atirar bem deve conhecer o equipamento. Para atirar bem deve conhecer alguns conceitos da biomecânica, o ciclo do tiro e saber como escolher e regular o equipamento. Infelizmente a maioria das literaturas está em outras línguas. Como a informática (internet, tradutor on-line, editores de texto, editores de mídia) facilita bastante esse trabalho, é possível colher farta informação disponível no mundo inteiro. Se não gastar um tempo estudando esses assuntos certamente você estará com diversos problemas e nenhuma possível solução. Nem sempre tudo que está na internet é útil e válido mas possivelmente haverá relatos de várias pessoas que tiveram problemas semelhantes e a forma como solucionaram. Saber buscar e filtrar essas informações acima de tudo enriquece o conhecimento.

7. Ausência de competições. Esse é um assunto mais polêmico e pode gerar vários prós e contras. Competições não são somente torneios e campeonatos organizados por clubes e federações. O simples ato de atirar com várias pessoas e observar a pontuação os alvos vizinhos é uma forma de competição. Numa competição saudável você irá atirar e notar se a sua pontuação está acima ou abaixo da média. Se estiver abaixo deve ser encorajado a questionar as razões e reaprender as técnicas e se estiver acima da média deve ser capaz de compartilhar o que o levou a se sobressair. A simples presença de um competidor de alto nível dentro do grupo já faz com que os outros membros almejem uma posição superior. E quando você notar que o seu grupo atira muito bem e chegar a hora de competir com outros clubes de outras regiões, notará que existem referências melhores e superiores que vocês poderão, novamente, tentar superar. Esse constante “benchmark” é a mola propulsora da busca da excelência, dos exaustivos treinos e espírito competitivo. É o mesmo princípio utilizado pelas grandes indústrias. Outro ponto bastante importante é em relação à aquisição da capacidade de conseguir controlar a tensão e o stress durante as provas, a liberação dos neurotransmissores, extremamente necessário para o bem estar físico e mental não só durante a prática dos esportes mas no dia a dia de qualquer pessoa.

Bons tiros.

Excelente tópico Ruy, mesmo os mais experientes sabendo de tudo isso faltava alguém para juntar todas as informações como você fez

3 itens que você citou e farei ainda mais algumas colocações

1 - peso da puxada, é histórico no Brasil alguém que está iniciando comprar o arco mais pesado existente, nem quando vai comprar carro o sujeito verifica quantos cavalos tem o motor, mas é muito comum a primeira pergunta de alguém que quer comprar um arco é "qual o peso da puxada", pois bem, mesmo para caça (agora com a liberação do manejo do javali) muita gente tem percebido que com arco composto de 70# a flecha traspassa como manteiga e na maioria da vezes se quebra ao bater numa pedra ou árvore seca, portanto TODOS deveriam reconsiderar esse quesito, mesmo arco recurvo (ou longbow) arcos acima de 50# são para poucos e para dar pouquíssimos tiros, para iniciar 35# é mais do que suficiente e se for partir para target recurvo de 24# ou 26# está de bom tamanho,  voce leva um tempo para aprimorar a técnica, e com arco pesado isso beira o impossível.  Mesmo arqueiros como Byron Ferguson, que atira com longbow de 70# levou anos para chegar a isso, iniciou com arco levíssimo e ia aumentando um pouquinho a cada arco que comprava

2 - flechas, eu acho que a flecha é a maior vilã na arqueria, um tempo depois que iniciei,  com boa postura e tudo mais,  meus tiros teimavam em não agrupar, um dia, dei quase 400 tiros com 3 flechas a 18 metros, 3 flechas Fat Boy da Easton, portanto flechas que deveriam agrupar muito bem nessa distância, como na tentei marcar as flechas para não condicionar os tiros e usei alvo unico (o de 30 metros) foi uma supresa enorme ver 3 áreas de agrupamento no alvo, cada uma do tamanho de uma laranja, mas cada uma num lugar do alvo, foi aí que investi em aprender sobre spine e regulagem de flecha,  arrow charts é o ponto de partida, mas nunca dão o resultado exato, se você não usar um programa para calculo do spine dinâmico,  não montar a pena guia com o lado mais duro da haste e não fizer bare shaft ou teste do papel esquece, você nunca saberá se foi erro do arqueiro ou da flecha o fato de ter errado o alvo

3 - alguém com mais experiência, isso não tem o que discutir né, um sonho que tenho é um dia o Forum consrguir ter dinheiro e mais um pouco dos participantes e conseguirmos mandar tecnicos com experiência rodar os vários polos que temos, numa frequência que se julgar necessária, corrigindo erros e passando treinos para aprimorar a técnica, por enquanto ainda não é possível,  portanto creio que deveria fazer parte do treinamento de cada um a visita a um técnico, para auxilar compra, postura etc

Tópico incrívelmente bom, não seria uma má ideia fixa-lo  

Eu acrescentaria "fogo de palha" à lista. Aparentemente o item "falta de persistência" cobre isso mas é diferente. Muita gente fica empolgada porque é um esporte diferente ou porque assiste algum filme ou vê uma foto do Paulo Coelho empunhando um arco e acha o máximo. Depois descobre que não era bem aquilo. Simples assim.

Eu adicionaria à lista do que pode fazer vc desistir:

As outras pessoas.

Como em tudo na vida, tem gente ruim, mala, invejosa e até mesmo gente que ACHA que sabe e te ensina coisas erradas com boa intenção...
Tome cuidado nos seus relacionamentos e não deixe as más pessoas te desanimarem. Ainda tem muita gente boa nesse esporte!  

Obrigado Mamute. É importante o relato de quem já teve várias experiências positivas e negativas também.
Uma vez pensei em fazer um workshop com técnicos de nível internacional mas é algo que, como você disse, precisa de grande investimento. Se nós tivermos mais centros de treinamento populares é possível obter financiamentos/apoio de empresas para esta finalidade. Esses dias teve um workshop com KiSik Lee, mas é um investimento de 1000 reais por pessoa, fora estadia, refeição etc. O que tenho visto bastante na região, é a federação bancar um ou dois dias workshops regionais com arqueiros de nível internacional. Uma idéia seria fazer algo parecido no Brasil com, por exemplo, a Sarah Nikitin  ou o técnico Lim. Um dia chegaremos lá.

EVC, "fogo de palha" é o que vejo muito por aqui também. Molecada começa, vê que não é nada daquilo que estava nos filmes e depois abandona.

Não pretendia postar isso neste momento porque ainda estou revisando o material dos sites indoor. Mas dada a "urgência" - ví muitas pessoas trocando de categoria, vendendo equipamento, investindo pesado em materiais "errados" não só aqui como lá fora - resolvi dar uma adiantada nesse assunto.
Eu mesmo, numa época, pensei em mudar de recurvo para composto por causa dos maus resultados (cheguei a pontuar 300 no indoor e atualmente, 490). Mas hoje, com mais experiência, consigo pontuar razoavelmente na minha categoria e estou muito satisfeito por NÃO ter mudado. Se tivesse nunca saberia qual poderia ser o meu potencial.

Reeditando : O título poderia ser "Motivos para você praticar o tiro com arco" mais positivo. Mas optei por esse um pouco mais negativo porque a maioria dos que frequentam este forum já pratica ou tem grande desejo de começar.

Bons tiros.

Belo tópico, muito ponderado, explicadinho nos seus itens todos.
Permita-me comentar o seguinte:

1- O item "3 - Lesões" caiu em cima da bucha, eu mesmo me encaixaria nele, não fosse a persistência ... fiz matrícula na fisioterapia no início do ano e ainda frequento as aulas.

2- Concordo em parte com a colocação do Mamute relativamente ao peso da puxada ... no que diz respeito aos arcos compostos.

O arqueiro, de porte físico igual ou acima do mediano, deveria se preparar para puxar um composto acima de 50 libras, perdendo alguns minutos diários em uma academia de ginástica.
Seria demais, entretanto, puxar acima de 60 libras, sem preparo, sem treino, sem conhecimento.
Puxar um composto com menos de 50 libras, demanda paciência, pois a flecha demora a chegar ao alvo.
Mesmo com dificuldade, por força do braço machucado, estou puxando 50 libras.
Se eu diminuir essa libragem, acho que preferiria migrar para o tiro com carabina de pressão.

3- Faltou, eu penso, uns itens a se acrescentar.

a - custo dos bons equipamentos, que são acessíveis apenas a quem tem poder aquisitivo elevado ou àqueles que se predispõe a adquiri-los após longo tempo de economia.

Atirar com equipamento ruim, por experiência própria, faz o arqueiro se descabelar.

b - falta de apoio da Federação local de tiro ao arco????.

Acredito que à Federação de Tiro ao Arco caberia organizar e congregar os adeptos do tiro ao arco do Estado onde residem.
A CONGREGAÇÃO é importante, organiza, disciplina, orienta, divulga o esporte.

Não meu caso, não sei exatamente o que acontece com a Federação do estado onde resido, Goiás.
Já há mais de ano, por emails enviados, tento descobrir como um arqueiro daqui poderia se associar à Federação, e até hoje não obtive sucesso nas minhas indagações.

c- Há que se parabenizar o Arcobrasil, esse forum é um raro incentivo ao nosso esporte de arco e flecha.

Sem querer "puxar o saco", os amigos Calil e Mamute, mantenedores do forum, precisam ser colocados na posição de grandes incentivadores do esporte.
Algumas vezes - RARÍSSIMAS - denoto um pequeno menosprezo em relação à perguntas ou colocação de alguns iniciantes.
Mas, até isso é producente, incentiva os novatos à uma melhor formulação de suas colocações.

Parabéns pelo tópico, amigo Ruy.

Ótimo tópico Ruy. Como bem disseram, o "fogo de palha" é um dos grandes vilões, a pessoa vai achando que é mil maravilhas mas passa um tempo não é aquilo que achava.

Mtooo bom Ruy, solicite a fixação do msmo q creio q seja algo q ajudará sempre tdos!
Parabéns pela iniciativa! !!

Para mim, uma das maiores razões pelas quais as pessoas desistem, não só do arco, mas do aprendizado aprofundado de qualquer coisa é a tal curva de aprendizado.

No começo a evolução sempre é muito rápida, ou seja, colhe-se bons resultados e sente-se a evolução nítida e rapidamente.

Após algum tempo, acontece um bloqueio. Isso é normal. Quem toca instrumentos musicais sabe disso.

Chega um momento em que os estudos ficam árduos e tediosos. É necessário muito trabalho e dedicação para elevar-se apenas um pouquinho acima deste patamar. É nesta parte que você tem que decidir se quer ser apenas bom, ótimo ou simplesmente largar tudo.

Isso é comum em esportes; Corredores, nadadores e outros atletas treinam arduamente para melhorar suas marcas em milésimos de segundos. Na arqueiria não é diferente. A medida que diminui-se o tamanho do alvo e aumenta-se a distância, o domínio da técnica fica exponencialmente mais difícil, o que gera frustração na maioria dos casos.

O único jeito de sair da frustração é dar o seu melhor sem criar grandes expectativas. Isso é fundamental na arqueiria, que é um esporte extremamente psicológico.

Outra coisa que faz as pessoas desistirem é a falta de espaço. A maioria das pessoas mora em casas pequenas ou apartamentos com um espaço limitado de treino. Atirar sempre da mesma distância é muito enjoativo. Na maioria das cidades não existe nenhum espaço disponível para a prática do esporte, então fica difícil se libertar do problema do espaço.

Quem tem fazenda ou sítio sabe que quando mais espaço, melhor para atirar, mesmo que seja somente para mudar o cenário. Particularmente, quando tenho a oportunidade, vou variando meu treino sem ordem especifica, atirando de todas as distâncias possíveis aleatoriamente. É muito divertido e estimulante.

Nada como atirar num espaço sem limites e até arriscar uns tiros "impossíveis" a mais de 120 metros...É muito bom para revigorar o espírito esportivo, mas poucas pessoas tem essa oportunidade com frequência.

No meu caso, atirei muitos anos com arco composto de target...Pessoalmente, a experiência começou a ficar muito fria, com o uso de miras e toda aquela parafernália. Então acabei migrando para o arco tradicional, o que me propiciou uma visão totalmente diferente do esporte...Uma coisa quase zen.

Hoje em dia acho que a arqueiria exige um estado de espírito para poder experimentar o esporte como um todo. O arqueiro tem que ter uma postura firme em todos os sentidos.

Claro, tudo isso parte do pressuposto que o sujeito está usando equipamento adequado. Não precisa ser equipamento top de linha caríssimo não, desde que a libragem esteja adequada e, principalmente, que as flechas estejam ajustadas de acordo com o equipamento e o arqueiro.

Como o Mamute disse, muitos arqueiros iniciantes negligenciam as flechas. As flechas tem que estar literalmente perfeitas para o equipamento, além de serem uniformes entre si.

Um erro comum que vejo, são as pessoas que já tem um bom equipamento adquirir a mania de sempre trocar equipamento, achando que assim, irão atirar melhor...Isso é praticamente uma doença. Na grande maioria das vezes, a estagnação na evolução é culpa do arqueiro, não do equipamento; Nestes casos, trocar o equipamento não resolve nada.

Trocar sempre de equipamento, partindo novamente do pressuposto que já se tem um equipamento decente, é prejudicial, pois logo quando está se acostumando com um, larga ele de mão e compra outro...Isso vira um círculo vicioso que interrompe a evolução e gera bastante frustração. Ao comprar um bom equipamento, fique com ele por pelo menos 3 ou 4 anos; Não há necessidade real de trocá-lo antes disso.

Rafael.

Agora sim vi o negocio mudar de rumo e ira ajudar muitos que lerem com atençao e procurarem fazer o minimo possivel

Quando iniciei li muito e pesquisei um bom tempo e fui atraz para testar e fui informado de maneira errada para alguns itens e outros nao mas procurei sempre me informar o que nao acontece na maioria dos iniciantes e esta questao do cara atirar sozinho nao vai muito bem pois como vc vera os erros ja que nem isso vc sabe direito e mais valido alem de ter um equipamento investir num curso para obter um conhecimento tecnico e vera as mudanças bruscas que tera

Resumindo brasileiro tem mania de ser vagabundo e nao querer fazer certo muitas coisas e isso atrapalha mais que ajuda nao dizendo que tem de ser assim mas como escrito e diferente do dito procurem ser e refletir e assim entenderao que as coisas podem melhorar

Tive aulas que ajudarao muito e depois de um tempo fiz curso de instrutor e sou credenciado e vejo muitos falarem coisas aqui mesmo no forum que podem trazer problemas as pessoal, nao é via de regra mas a questao fisiologica faz a necessidade de adequar a tecnica a fim  de proporcionar melhor desempenho e muitos nao veem assim

Atirar com amigos e com pessoal que tem base tecnica e muito valido pois quando efetuamos algo errado sempre tera uma pessoal para ajudar, mas nem sempre isso e possivel, uma opçao simples seria o pessoal do forum procurar participar mais de encontros ou eventos que sempre traz mais conhecimento

Um professor uma vez fez um comentario que conhecimento nunca e demasiado e quando vc acha que nunca utilizara um dia percebe que foi valido

Acho que devemos estudar a possibilidade de difundir tecnicas em encontros em diversas localidades e sera mais facil ao pessoal; tendo a opçao de localidade o custo sera menor e mais acessivel a muitos

Se isso for adiante ate me proponho a ajudar .

RafaelMorgan escreveu:

Para mim, uma das maiores razões pelas quais as pessoas desistem, não só do arco, mas do aprendizado aprofundado de qualquer coisa é a tal curva de aprendizado.

No começo a evolução sempre é muito rápida, ou seja, colhe-se bons resultados e sente-se a evolução nítida e rapidamente.

Após algum tempo, acontece um bloqueio. Isso é normal. Quem toca instrumentos musicais sabe disso.

Chega um momento em que os estudos ficam árduos e tediosos. É necessário muito trabalho e dedicação para elevar-se apenas um pouquinho acima deste patamar. É nesta parte que você tem que decidir se quer ser apenas bom, ótimo ou simplesmente largar tudo.

Isso é comum em esportes; Corredores, nadadores e outros atletas treinam arduamente para melhorar suas marcas em milésimos de segundos. Na arqueiria não é diferente. A medida que diminui-se o tamanho do alvo e aumenta-se a distância, o domínio da técnica fica exponencialmente mais difícil, o que gera frustração na maioria dos casos.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]



Essa imagem é uma padronização que a FFTA utiliza nacionalmente para avaliar o desempenho dos arqueiros iniciantes, as chamadas flechas de progressão. Existem avaliações a cada 5 semanas na qual, se o arqueiro achar que está apto, deverá pontuar 140 no brasão FITA 80 utilizando 6 x 3 flechas. Somente cerca de 10% conseguem passar pela flecha amarela (30 metros) no prazo de 1 ano. E a dificuldade é exponencial, a flecha branca (10 m) é possível conseguir em um mês, a flecha preta (15 m) já chega a 3 meses e assim por diante. E realmente existe um tempo em que você fica estagnado, sem nenhum progresso. Isso aconteceu comigo quando passei para a preta. Terrível.

Bons tiros.