Bamboo backed ipe fraturado

Olá amigos,
Estou iniciando a construção de um arco reflex deflex com ipê e bambu. Na primeira tentativa, a lâmina de ipê rachou a 20 cm da ponta, (acho que por esforços de tração das fibras mais externas do ipê), mesmo antes da colagem, quando fui testá-la no molde. Já na segunda tentativa, a 6 pol no processo de tillering, houve mais uma fratura (penso que agora tenha sido por compressão das fibras do ipê). Seguem-se as fotos.
Na minha região não consigo encontrar aquela madeira escura de ipê, somente as amareladas. Estou pensando em abandonar o ipê e tentar outra madeira, que não seja o roxinho, pois sou alérgico a ele. Será que angelim serve?
Trata-se do meu primeiro arco. Nesta duas tentativas tentei fazer um flatbow e a espessura do ipê no ponto de ruptura era de 3 a 4mm e o bambu de 6 a 7. Grato por qualquer orientação.[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

O que da pra perceber é o seguinte: a lâmina de ipê está muito fina em relação a de bambú.
O ipê champagne ou tabaco não tem a mesma resistência a compressão do que o ipê roxo ( mais escuro ), então tem que tomar um cuidado danado com isso.
Pra exemplificar melhor, pense como se fosse um cabo de guerra: o bambú vs a madeira.
- Se o bambú for muito grosso ou a madeira fraca em compressão, o bambú vai espremer a madeira até dar chrysals ( essa fratura aí );
- Se a madeira for muito grossa, ou fraca em tração, ela vai forçar o bambú até o ponto em que ele estoura as fibras e lasque, partindo o arco.
Então tem que achar um meio termo... Cada madeira tem suas propriedades, então cada uma tem uma configuração diferente pra ser trabalhada.
Quebrar arcos é bem normal, então fica tranquilo e segue essa lógica que vai dar bão.

Grande Elison e demais colegas,
Nesta semana perdi mais um arco, por defeito de colagem realizada em um dia com muita umidade. A Titebond 3 não secou como normalmente. Então, com o tempo vago, pus-me a tirar umas lâminas de bambu, colhidas aqui perto entre julho e agosto, no auge da estação seca. Acho que vou precisar de muitas.
Estou trabalhando com uma espécie de bambu cujo diâmetro não ultrapassa 5 cm nos caules mais grossos. Como as plantas não são retilíneas, corto pedaços pequenos de 90cm de comprimento. Mesmo esses pedaços selecionados, não posso rachá-los com um facão ou machado, pois as fibras não são lineares e geram peças que não consigo retificar depois, como aparece numa foto abaixo com duas lâminas emparelhadas, sendo a da direita tirada com facão e com irregularidades na perpendicular e torções horizontais. O que faço é tomar cada pedaço, cortando-o ao meio (longitudinalmente) na serra circular e depois ao meio novamente. É um corte meio intuitivo, sem guias ou marcações, mas foi o melhor que obtive. Estou conseguindo extrair lâminas com 3,4 a 2,5cm de largura.

Por fim, o ipê tabaco (amarelo) se me parece uma madeira para experts. Quando tentar da próxima vez, talvez com roxinho, postarei mais fotos.

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