ITENS PARA TAXIDERMIA

achei esse texto sobre olhos de vidro e achei legal informar aos interessados

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Arqueiria-Bullseye escreveu:

Eu realmente gostaria que houvesse campo profissional para taxidermia aqui no Brasil, é algo apaixonante e a verdadeira taxidermia artistica exige muita atenção, conhecimento anatômico, habilidade manual e paciência... é uma verdadeira terapia.
Acredito que Brasileiro não goste de troféus de caça especialmente devido ao visual que o animal "empalhado" visto em museus de história natural exibe, fica realmente um circo de horrores(como muita gente me descreveu já)... mas isso não significa incompetência por parte da profissional/biólogo/taxidermista que o confeccionou, pois existe uma enorme diferença entre a taxidermia artistica e a científica.
A primeira tem por objetivo a estética, e a segunda na verdade mais disseca e conserva os tecidos do animal(para estudos).
Eis aqui um link de olhos usados na taxidermia artística(eu pessoalmente uso estes): [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Cliquem em SUPPLIES e depois em EYES... mas neste link voces podem ver desde mandíbulas, orelhas, narizes, manequins, etc.
A maioria das fotos mostra o produto acabado, mas cada item tem que ser customizado para o tamanho do animal que o taxidermista está montando, também os manequins serem alterados para o tamanho correto e para a pose que o cliente quer, então encontra-se uma variedade de tamanhos e posses para que o trabalho possa ser facilitado. Quando se trata de um animal que não tem o manequim disponível cabe ao taxidermista esculpir e colocar nas dimensões corretas da pele que está sendo usada.
Na taxidermia artística usa-se somente a pele do animal mesmo e suas garras/unhas/cascos e chifres, nem as cartilagens das orelhas e do nariz/focinho ficam na pele. Até os lábios são abertos as palpebras também e por ai vai... é bem interessante.
Os manequins exigem muita massa de esculpir especialmente na face para dar acabamento e textura interna e externamente.
Abraços

Fala "Arqueiria-Bullseye"!
Sou biólogo e trabalhei com taxidermia.
Faço as suas palavras as minhas! O “circo de horrores” é responsabilidade do taxidermista, pois taxidermia não e só abrir o animal, limpá-lo, preencher com “palha” e depois costurá-lo! Requer conhecimento e muita arte!
"Arqueria-Bullseye", a título de conhecimento, na academia falamos postura natural e postura científica.

Para quem não sabe o que são:

Postura natural:
Objetivo: O espécime será exposto junto ao público ou para particulares (no caso dos arqueiros que praticam a caça e querem troféus ou de um dono que perdeu seu cachorro e o quer por perto).
A postura científica de longe é a mais difícil de ser feita, pois requer muito conhecimento e talento por parte do taxidermista. Ele deve ter um conhecimento muito bom da anatomia e da biomecânica do animal. Se não for levada em conta a anatomia, irá acontecer o que vemos nos “circos de horrores”, onde os animais são totalmente deformados. Por exemplo, um puma com a cara toda troncha é ilustra que não foi levado em contar a forma do crânio do felino. O esqueleto é quem dá forma ao animal. Deve ser elaborado um molde do corpo do animal, para depois de preparado a pele ser preenchida com esse molde. Por isso que os animais com excelente taxidermia são tão perfeitos.

Postura científica
Objetivo: O espécime será utilizado para fins de pesquisa e instrução dentro da academia.
Na postura científica cada grupo de animais possuem suas próprias regras quanto a sua taxidermia. Por exemplo, um rato deve ser colocado de uma determinada posição.

Abraço,
Narozniak

Há gente no Brasil trabalhando com Taxidermia .Entrem e olhem os trabalhos.

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marcelo M. escreveu:

Há gente no Brasil trabalhando com Taxidermia .Entrem e olhem os trabalhos.

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Acabei de ver a página brasileira. Aparentemente o trabalho realizado é muito bom. Mas foto é foto. Ver a "olho nú" seria o ideal para o veredicto final.
Infelizmente essa arte não é, e não vai ser difundida no Brasil em função das leis vigentes.
Lamentável.....

Caro Dr.Aluisio, têm toda a razão, foto é foto, por isso visitei o ateliê da [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] ou melhor da Trophy Taxidermia Profissional pessoalmente e posso assegurar, ver o profissional trabalhando é totalmente diferente. E posso também abrir um parênteses e dizer que esta crescendo muito o número de desportistas que praticam o esporte em outros países e trazem seus troféus para serem confeccionados no Brasil, para o Senhor ter uma idéia, mesmo com os custos de importação, a diferença é de 35% confeccionados aqui. Aprendi isto recentemente, pois só fazia meus troféus fora e depois de sábia consultoria da empresa de taxidermia já citada, repensei e até voltei a me empolgar novamente pelos troféus que, ultimamente nem os fazia mais.
Agora vale seu alerta, não só para taxidermistas mas, para qualquer profissional, exijam mais do que fotos, pois hoje são facilmente copiadas e coladas de qualquer site da área mas, visitem os locais de trabalho e verifiquem, aos que apreciam o trabalho, a veracidade das palavras. Pois depois de prontos...podemos ai sim cair no "circo dos horrores" e ai não têm volta, pois troféu é troféu!
Bem colocado Doutor!
Saudações Antonio.

antonio almeida escreveu:

Caro Dr.Aluisio, têm toda a razão, foto é foto, por isso visitei o ateliê da [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] ou melhor da Trophy Taxidermia Profissional pessoalmente e posso assegurar, ver o profissional trabalhando é totalmente diferente. E posso também abrir um parênteses e dizer que esta crescendo muito o número de desportistas que praticam o esporte em outros países e trazem seus troféus para serem confeccionados no Brasil, para o Senhor ter uma idéia, mesmo com os custos de importação, a diferença é de 35% confeccionados aqui. Aprendi isto recentemente, pois só fazia meus troféus fora e depois de sábia consultoria da empresa de taxidermia já citada, repensei e até voltei a me empolgar novamente pelos troféus que, ultimamente nem os fazia mais.
Agora vale seu alerta, não só para taxidermistas mas, para qualquer profissional, exijam mais do que fotos, pois hoje são facilmente copiadas e coladas de qualquer site da área mas, visitem os locais de trabalho e verifiquem, aos que apreciam o trabalho, a veracidade das palavras. Pois depois de prontos...podemos ai sim cair no "circo dos horrores" e ai não têm volta, pois troféu é troféu!
Bem colocado Doutor!
Saudações Antonio.

Boa noite Antônio Almeida. Fico muito feliz e surpreso em saber que a taxidermia não está morta, e sim progredindo aqui no Brasil. Tenho vários colegas que fazem caçadas no exterior e que sofrem muito para conseguir colocar as mãos nos seus troféus. Se a taxidermia nacional chegou nesse nível de primor, e com valores mais acessíveis, não poderia ser melhor!!
Agora, por favor, não me chame de "Senhor". Gostaria de tê-lo como um amigo, e aqui, quem te deve respeito e admiração,sou eu.
Um grande abraço e obrigado por compartilhar de sua experiência conosco.

Aluísio

Aluísio, se assim me permite, agradeço suas boas vindas e estaremos sempre que possível e para a minha satisfação, trocando idéias sobre assuntos comuns, não é mesmo?!
Saudações, Antonio

Parecem bem feitos de verdade.

O que acontece com muita gente que vai caçar na África é já trazer tudo montado, conforme relatou nosso amigo Dr. Aluísio.

Um conhecido meu pagou a quantia de 10 mil dólares só pra trazer seus troféus de lá, incluindo um pescoço inteiro de girafa.

Mas isto tem uma razão. Desde que se proibiu a caça no Brasil na década de 80, este ofício perdeu quase completamente a força, além disso, parte da clientela destes profissionais eram pessoas que usavam tais troféus como decoração, eu me lembro de ver em brechós e antiquários animais empalhados, notadamente felinos e outros com pelagem bonita, eram usados na decoração das casas mesmo, mas com a pressão cada dia maior do Ibama e as entidades ecochatas, as pessoas aboliram tais artefatos em suas casas, porque até provar que focinho de porco não é tomada...

Mas com a ida cada vez mais frequente de caçadores para safaris internacionais, creio que agora exista um mercado para isso, o que permite o surgimento de novos profissionais.

Caro André, realmente têm razão quanto as preocupações mas, me admira que um desportista profissional que está do lado da lei, legalmente paramentado, se impressione ou se deixe levar por tais preocupações. Talvez por eu ser da velha guarda, de uma geração que vivia o esporte no seu cotidiano, tenha formado uma outra opinião à respeito, pois com o passar das gerações o medo em relação ao assunto, cegou a realidade de que o esporte FORA DO BRASIL é legal e que consequentemente o resultado disto, os troféus, também são legais e podem ser importados com aval dos orgãos responsáveis. No caso do taxidermista da taxidermia.com.br que citei no comentário anterior, hoje têm em 90% do seu trabalho peças para montagem, provenientes de diversos Países, ou seja, os esportistas legalmente documentados, praticam seu esporte em locais legalmente constituídos para tal e optam por fazer seus troféus, importados legalmente, com um profissional taxidermista com empresa e atividade cosntituídos legalmente, por custos muito mais baixos, etc, enfim, com a Lei a nosso favor. Eu particularmente acho muito mais fácil, pois em outros Países o assunto flui, porque existe na cultura deste.
André, acredite que esse " mundo" fora do Brasil é realmente outro planeta, como você já bem sabe. Além do mais, é saudável, que este esporte nunca seja legalizado no Brasil. Sabe porquê?! A cultura não permite!
Abraços, Antonio Almeida

Acho que não fui bem claro, não disse que os caçadores atuais deixam de trazer troféus, disse que as pessoas comuns perderam a cultura de ter troféus em casa, mesmo os antigos, têm medo do Ibama e dos ecochatos.

Sei de casos de parentes de caçadores, já falecidos, se livrando de peles e outros artigos, todos caçados há décadas, por medo ou mesmo por terem ojeriza às coisas destes(que, como você disse, é a atual realidade aqui.).

Ou seja, quem fazia aquela caçadinha modesta e mandava empalhar já não faz, porque está proibida a caça.

Quem vai pra fora caçar muitas vezes acha cômodo já trazer tudo pronto, por isso dizia que a área de trabalho é restrita para os taxidermistas.

Mas que, com o fortalecimento das caçadas internacionais, parece que a coisa vai melhorar.

Vamos acompanhar e ver.

Abraço.

O que eu vejo é um governo porco que só visa o próprio bolso e o bolso da sua corja, um Ministério do Meio Ambiente e Polícia Ambiental que só quer saber de ficar com o traseiro na cadeira esperando para picar o cartão, pois é MUITO MAIS FÁCIL PROIBIR DO QUE PENSAR , ou mesmo COPIAR os inúmeros programas de controle da fauna silvestre e introduzida de algum país da PRÓPRIA AMERICA DO SUL.
Todo mundo sabe que a caça controlada além de gerar renda, promove aumento significativo das espécies. SÓ ESSA CAMBADA QUE NÃO ENXERGA ISSO!!!
Pensando bem......tudo o que disse faz parte da 'CULTURA BRASILEIRA" mesmo, como o Sr. Antônio Almeida disse.

Lamentável

Infelizmente no Brasil usam a seguinte regra: Proibir é mais barato, cômodo e lucrativo do que educar.

É meus caros, o assunto é polêmico e se puderem aceitar um conselho de alguém com alguma experiência à respeito, para os que apreciam o esporte foquem em talvez poucas mas em aventuras com qualidade e em Países com estrutura para tal, agora o que me preocupa são os apreciadores que gostariam de sair do País para praticar o esporte e não o conseguem por principalmente, se depararem com custos altos. Para estes, não se esqueçam que temos hoje excelentes oportunidades e verdadeiros bons custos no Uruguai e Argentina, acaba sendo uma boa opção. Do contrário e infelizmente, ficamos nós confinados a alvos...
Quanto a questão do medo em relação a se ter troféus de caça em casa(estes de origem legal) , pelo menos das pessoas que conheço, é algo que não os preocupa. Talvez por desconhecimento, realmente alguns herdeiros ou parentes tenham o receio pela política de ditadura oculta que encontramos no Brasil, e neste ponto até entendo o comentário.
Já se tratando de safaris internacionais, a visão dos desportistas brasileiros também está mudando, pois assim como outros pelo Mundo, os brasileiros agora(como já comentei) enviam dos Países de origem do safari, as partes dos troféus(peles, cornos, chifres,etc) para serem confeccionados aqui. Pois até a questão de trazer troféus prontos dificulta a vida do esportista brasileiro. Primeiro, porque ao entrar no Brasil um troféu pronto, sua classificação aduaneira é de troféu de caça, que já faz com que exista uma resistência por parte da fiscalização, mesmo sendo legal. Segundo, porque o frete fica caríssimo, pois alguns troféus geram uma cubagem razoável. Terceiro, dependendo do País, a qualidade das taxidermias são péssimas(ex.Namíbia) e o que é pior, o cliente não pode acompanhar a confecção. Já no caso da importação de partes dos troféus, temos outra classificação, menos custos, qualidade na confecção, menos valor de frete, desembaraço rápido e qualidade nos serviços de taxidermia. Peço até desculpas por tocar no assunto toda a hora mas, é que já gastei tanto dinheiro com isso, que hoje me sinto realizado por poder praticar o esporte e ainda poder legalmente, obter meus troféus de forma tão prática.
Saudações à todos, Antonio Almeida