Indígenas na Olimpiada 2016

Muito obrigado pelas palavras, Enio, Mamute, Gustavo, Rafael e TRC.

TRC escreveu:

Que beleza, Sampaioas, meus parabéns!
Os projetos sempre são muito bons, quem divulga, no caso a mídia, certamente não tem noção das dificuldades.
É claro que um projeto sempre pretenderia colocar os alunos num campeonato mundial, numa olimpíada.
O tempo, entretanto, é o grande fomentador, o fermento que leveda a massa.
É claro, todos aqui somos sabedores, que não se prepara um arqueiro para uma olimpíada em dois anos, não é?
Mas, os projetos, são merecedores de incentivos e congratulações.

Segundo um amigo arqueiro que teve seus tempos de competição internacional em "media" um arqueiro de recurvo olimpico atingue seu maximo em 7 anos de treinamento (desde que treine para valer).
Falamos disso outro dia porque ele comentou que sempre era tema de conversa em tempos de campeonatos sobre quanto tempo o cara treinava etc.

Imagino que devem existir como sempre exepções. Aqui levamos grande desvantagem pois muitos arqueiros (a maioria) inicia em idade avançada quanto na coreia por exemplo iniciam aos 10 anos de idade.

O caminho para mim e esse mesmo, trabalhar as bases para ver resultados em 10 anos, como isso da em media 2 mandatos politicos so quem ama o esporte que corre atras.

Abs,

Sobre os índios,

1- Esse projeto é antigo!!! Muda uma coisa ou outra, o local, mas a ideia principal é a mesma, conseguir talentos. Uma hora valoriza um pouco mais a cultura deles em outras isso fica de lado. Antes de 2000 já existia essa história. Acredito que tenha sido a maneira encontrada para conseguir aparecer um pouco na mídia. Hoje o arco e flecha aparece muito de forma indireta (filmes, series), mas reportagens falando sobre a prática no BR é pouca coisa, principalmente na TV aberta, que ainda é um meio de comunicação de massa.

2- Espero que ninguém fique brabo comigo, mas eu acredito na possibilidade de alguém escolhido no projeto atirar nos jogos olímpicos do Rio. Lógico que envolve muita coisa, não sabemos como o projeto está estruturado, tem a questão da verba e infaestrutura... Agora, se tiver grana para manter esses escolhidos (não lembro se 3 pessoas ou 3 da cada sexo) morando lá no Centro de Treinamento, treinando todo dia e recebendo apoio técnico do Tico, eles tem condições de chegar na seletiva e brigar por uma vaga, mesmo com a proximidade dos jogos.

Sobre o projeto com para-atletas,

Sampaioas, você já escreveu um pouco mais sobre o seu projeto em algum outro tópico aqui no fórum? Caso ainda não tenha feito, poderia fazer? Se já tiver feito poderia passar o link?

Legal ver um projeto desses. Principalmente em um local onde não existe uma federação.

Bons tiros!

O Tico é o instrutor?
Esse é bom!
Botando a meninada pra atirar, o que vale é a contagem final de pontos.
Não?!?!
Se derem oportunidade para alguém meter flecha no alvo, numa seletiva, de repente, pode ser que as flechas marquem uma pontuação máxima.
Até quem é ruim de "zóio" pode fazer uma "peluda", não?
Chance, realmente, esses índios têm, pois, parece, participarão de seletiva.
Usar arco e flecha, isso eles fazem desde pequenos.
Os brancos não usam, iniciam cedo mas é no estilingue e no levantamento de "pipas".  srsrs

Tiago Louzada escreveu:

Sobre o projeto com para-atletas,

Sampaioas, você já escreveu um pouco mais sobre o seu projeto em algum outro tópico aqui no fórum? Caso ainda não tenha feito, poderia fazer? Se já tiver feito poderia passar o link?

Legal ver um projeto desses. Principalmente em um local onde não existe uma federação.

Bons tiros!

Olá amigo, tudo bem? Eu ainda não tinha parado pra falar sobre nosso projeto, mas pretendo futuramente criar um tópico específico e expor tudo, com fotos decentes. O que nós fizemos foi uma ação conjunta com um cara que tem um trabalho fenomenal aqui em Teresina, o Carlos, que está a frente da Federação de Desporto Paralímpico do Piauí. Ele conseguiu reunir um grupo de cadeirantes que, com o apoio do Sesc, cedendo o ginásio, formou um time de basquete de cadeirantes, que conseguiram ano passado chegar na divisão de elite do esporte paralímpico nacional. Dentre as atividades desenvolvidas estão também o tiro, futebol e atletismo.

O Carlos viu uma reportagem nossa no Globo Esporte local e entrou em contato comigo, com a intenção de apresentar o esporte para os atletas. Obviamente, muitos demonstraram interesse, já que o nosso esporte sempre chama muita atenção quando é apresentado. Dentre os que demonstraram interesse, 3 foram selecionados para "entrarem de cabeça", por terem mais disponibilidade de tempo, talento, aptidão para o tiro, etc, ou seja, quiseram ser chamados de arqueiros!!!!

Os encontros são, por enquanto, 2 vezes por semana, à noite, já que eu tenho minhas atividades de trabalho, pois não sou remunerado para acompanhá-los e não temos equipamento exclusivo para os atletas, que terminam utilizando o meu material mesmo.

Num futuro próximo, queremos melhorar as condições de treino, e isso passa diretamente por uma fonte de investimentos. Pra vocês terem uma noção de como isso é necessário, os cavaletes dos alvos foram pagos com o tratamento odontológico que realizei no marceneiro! rsrsrsrs

Com apoio, poderemos dedicar mais tempo para treiná-los, equipá-los melhor e, no futuro, competir em alto nível.

Até agora, nós tivemos o interesse de começar. Alguém tinha que dar o primeiro passo, apresentar o esporte, tentar massificar, e aí sim, ir atrás de patrocínios, apoio do governo, etc, pois como a gente sabe, ninguém financia aquilo que sequer conhece ou sabe se vai dar certo. Nós finalizamos o projeto de implantação do esporte e mandamos para a avaliação do Ministério dos esportes. Agora é só torcer e esperar.

Quanto à Federação, mês passado conseguimos abrir a Federação Piauiense de Tiro com Arco - FPTARCO. Estamos no processo de filiação junto à CBTARCO, e com muitos projetos na cabeça, além de vontade de trabalhar e difundir o esporte. Estou finalizando o projeto de implantação do esporte nas escolas de tempo integral do estado. Espero que seja bem recebido.

Eu sou do tipo de gente que não tem o menor saco de bajular político, se apoio não vier, pode ter certeza que minhas atividades não irão parar. Afinal, atirar é o meu vício,e ensinar um pouco do que eu sei é acima de tudo um prazer muito grande. Eu falei diversas vezes em apoio, financiamento, patrocínio, mas quero deixar bem claro que isso que faço não é um negócio; é um hobby, e acima de tudo, uma atividade prazerosa com amigos portadores de necessidades especiais. Agora estou contribuindo com o tiro com arco, mas a mais de 6 anos realizo atendimento gratuito de crianças humildes no meu consultório. Repito, se ninguém me perguntasse isso eu sequer estaria falando essas palavras. Isso aqui não é marketing pessoal; é apenas acreditarque se cada um fizer um pouquinho, termos amanhã um mundo bem melhor.
abraço
andre sampaio

Oi Sampaioas,

Tudo certinho! E vc?

Somente hoje consegui um tempo para entrar aqui no fórum e ver as novidades. Algumas semanas são complicadas...

Todos têm algum tipo de dificuldade para praticar o esporte, até aqueles que estão nos grandes centros... Tenho ideia das dificuldades que você passou, tem e irão surgir.

Acredito que a criação da federação ajude na evolução do esporte, se conseguir um patrocínio então rs

Não tenho ideia se você participa dos campeonatos organizados pela CBTARCO, mas assim que a federação estiver regularizada e vocês começarem a participar dos eventos terão a oportunidade de conhecer outras pessoas que também tem trabalhos legais, mas infelizmente por alguma questão os projetos não tem vida longa, na maioria das vezes falta verba, algumas pessoas que tocam esses projetos por amor como você faz acabam desistindo de bancar as coisas depois de algum tempo e aquelas que vivem do esporte (muito difícil no Brasil) não podem bancar.

Parabéns pelo projeto e boa sorte!