Composto fabricado no Brasil

É bem diferente o longbow (recurvos, tradicional, takedown) do composto.
O composto é um conjunto tecnológico, exageradamente tecnológico.
Vejam as "cams" dos importados,tem dispositivos de regulagem, diâmetro, eixo central em local apropriado para favorecer o momento, furos calculados para evitar que entortem com os esforços e para diminuir o peso, dispositivos para fixação de cabos e corda, etc.
O riser é leve, resistente, aerodinâmico e calculado para que o centro de massa não prejudique a estabilidade e precisão.
O nacional, com o perdão da palavra, o seu fabricante não perdeu tempo em estudar um equipamento importando e tentar fabricar outro melhor ainda.
A indústria nacional, na minha modesta forma de ver, fabrica descartáveis.
Tenho um carregador de bateria carga lenta USA já com pelo menos 60 anos e funciona perfeitamente. Na minha casa uma geladeira USA funcionou por mais tempo que isso.
Infelizmente, eu acho que o brasileiro usa o que tem de pior, o melhor é exportado; cito como exemplo a propalada gasolina que o Br exporta para a Argentina a 65 centavos e ocasiona contrabando de combustível lá no sul - isso é matéria de email corrente na internet.
O longbow é diferente, aplaudo a iniciativa dos forumeiros que o fabricam e, também, de estudiosos como o Fernando Brasilbow que fabrica arcos maravilhosos.
O Barci tem longbow dele lá na Africa. É outro estudioso.
Para iniciar, concordo, um longbow barato prá brincadeiras.
Para coisas mais sérias, vai usar mira, vai competir? Arcos importados!

TRC escreveu:

É bem diferente o longbow (recurvos, tradicional, takedown) do composto.
O composto é um conjunto tecnológico, exageradamente tecnológico.

Recurvos olímipicos também. Na verdade eu arrisco a dizer que são até mais tecnológicos que os compostos, porque a tecnologia de materiais envolvidas é sofisticadíssima. E alguns fabricantes de arcos "tradicionais" estão empregando a mesma tecnologia.

Infelizmente a demanda nacional não compensa o investimento em pesquisa e desenvolvimento para essa empreitada. Não é falta de competência (temos ciência e engenharia de primeiríssimo mundo em algumas áreas), apenas falta de incentivo $$$.

Abs.

Um Hoyt mesmo com aquela hiper mega fabrica, com produto industrializado e produzido em grande escala, não é barato nem aqui e nem lá (para nos, aquele preço seria uma bênção). Concordo que toda a tecnologia envolvida influi e muito no resultado, superando os compostos nacionais em muitos aspectos, mas se deseja eficiência, compre uma arma.

O estranho é ver um arco composto a cada dia ficar mais moderno e cheio de novas peças e conceitos, deixando de lado sua essência. Como dizem, um arco composto moderno parece com tudo, menos com um arco. Os nacionais podem estar estagnados há 30 anos, mas derrubam e divertem da mesma forma que antigamente, pra quem nunca atirou de arco na vida, aquilo continua sendo uma maravilha.

De todos o fabricantes nacionais que conheço, a Velox tem os preços mais justos, arcos bem recomendados e ótimos pra quem não quer gastar muito para entrar no mundo do nosso querido esporte. Para caça também não acho quem perdem tanto, a pergunta é: você quer caçar ou eliminar o animal?

Temos no Brasil fabricantes e vendedores injustos? Temos, infelizmente, mas também temos os que são justos e os que querem divulgar o esporte.

O mercado nacional tem tudo para se introduzir nesse esporte, eu duvido daquele que nunca entrou em um site de Caça e Pesca e por curiosidade foi até seção de "Arco e Flecha" e não teve a vontade de possuir um, mas ficou desanimado com o preço do produto. Como sempre no Brasil, falta divulgação e interesse. Lembrando que os importados são banhados em propagandas que os transformam na "Arma dos Deuses".

A maldita Ak47 mata até hoje...