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 O Brasil na contramão da conservação da natureza

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Kovalhuk

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MensagemAssunto: O Brasil na contramão da conservação da natureza   O Brasil na contramão da conservação da natureza Icon_minitimeSáb Mar 03, 2012 3:00 pm

O artigo abaixo foi retirado do site do Sidney Rezende, na época os comentarios estavam liberados e deu o maior bate boca. é um artigo bem fundamentado e contem fontes. Vale a pena ler.

O Brasil na contramão da conservação da natureza

Durante as décadas de 1970 e 1980, nos preocupávamos (biólogos, engenheiros florestais, agrônomos e outros profissionais dedicados à conservação da natureza selvagem) em criar uma consciência conservacionista coletiva. Achávamos que só poderíamos atingir nosso objetivo de conservar a natureza se a maioria da população se envolvesse com a causa e tomasse consciência da sua importância. Mas como alcançar as massas para que a força da opinião pública pressionasse os poderes econômicos e políticos a criar políticas e ações no sentido de conservar a natureza selvagem?

Só atingiríamos esse objetivo, se os meios de comunicação de massa incluíssem o tema na sua pauta permanente. E conseguimos. Porém, perdemos o controle da situação. "Ambientalistas" despreparados, freqüentemente sem formação acadêmica, assim como oportunistas de plantão e alguns políticos, tomaram as rédeas do processo e deu-se o desastre: hoje, quase todo brasileiro pensa que sabe o que é ecologia; pensa que sabe o que é certo e o que é errado em questões ambientais; confunde conservação da natureza com preservação da natureza (dois conceitos quase opostos). Pior ainda, com proteção aos animais (devido às pressões sensacionalistas de uma minoria barulhenta que se preocupa apenas com supostos maus tratos aos animais, e não com a efetiva conservação da natureza. Através de passeatas com pessoas nuas, e outras manifestações que chamam a atenção da imprensa, se passam por ambientalistas, coisa que nunca foram, pois não se preocupam de fato com o meio ambiente, e sim com o que chamam de "direitos dos animais").

São pessoas mal informadas pela imprensa e pelos meios de comunicação de um modo geral, mal mobilizadas pelas ONGs de orientação ideológica equivocada e até mal formados pelas escolas, desde o ensino básico até os cursos superiores (até mesmo nos cursos superiores, profissionais se deixam corromper pelas idéias anticientíficas, já que lucram com o dinheiro oriundo de certas ONGs e instituições pró-direitos animais. Outros se acovardam por medo das ofensas e agressões dos falsos ambientalistas, que já são considerados criminosos em diversos países europeus, nos Estados Unidos e no Canadá).

Este texto é um esforço para colocar as coisas nos seus devidos lugares, para ajudar nosso país na conservação da natureza e formar uma opinião pública verdadeiramente consciente, através de informações corretas.

Precisamos de um espaço nos meios de comunicação de massa para que tenhamos voz diante de todos os brasileiros, para que possamos mostrar o que é o verdadeiro ambientalismo. Enfim, para criarmos um contraponto às idéias dos vegans e dos membros de entidades que apenas defendem "os direitos dos animais", mesmo que para defender esses direitos, prejudiquem a conservação da vida selvagem, as pesquisas científicas, a produção de medicamentos e vacinas.

Em outras palavras, para defender suas idéias insanas, eles não se importam que o meio ambiente e milhões de seres humanos sejam prejudicados. Por tudo isso, é necessário para o Brasil que os meios de comunicação de massa abram espaço para os verdadeiros ambientalistas, como já ocorre na grande maioria dos países.

O manejo da fauna silvestre é um dos principais instrumentos para gerar renda, mantendo os ecossistemas conservados e salvando milhares de espécies da extinção, tanto da flora como da fauna. E a caça regulamentada é uma das formas de manejo mais bem-sucedidas em todo mundo. Ao contrário do que afirmam esses falsos ambientalistas, só nos países que não adotam a caça regulamentada é que a natureza está sendo destruída aceleradamente. São nesses países que se encontram a maioria das espécies ameaçadas de extinção. Nos países que adotaram o manejo da fauna com caça regulamentada, a situação está se revertendo e a natureza se encontra em condições muito melhores do que no Brasil. Basta conferir os dados da IUCN, do WWF, da Cites, enfim, de todas as entidades sérias que lidam com a conservação da natureza.

Vejamos um exemplo de como os fatos manipulados pelos pseudo-ecologistas são distorcidos no Brasil: a situação dos grandes felinos, como o tigre, o leão, a onça-pintada etc. Todos possuem em comum a necessidade de grandes territórios para sobreviver. Esta necessidade de grandes territórios é um dos maiores problemas para a conservação das populações selvagens destes felinos, já que competem por espaço com o homem (o mais perfeito predador criado pela natureza). Como o homem é o mais eficiente de todos os predadores, os felinos levam a pior nesta competição por recursos naturais.

Outro fator, também de ordem econômica, que prejudicou num passado não muito distante algumas destas espécies, foi o consumo urbano de casacos de pele de animais coletados na natureza sem controle. As espécies mais vistosas tiveram suas populações grandemente afetadas pela moda. Porém, é sempre bom lembrar, que não foram os verdadeiros caçadores os responsáveis, mas sim os coletores de recursos silvestres prestando serviço ao mercado consumidor das cidades, que, infelizmente, na nossa língua também são denominados "caçadores".

Na língua inglesa, o caçador amadorista (hunter) é respeitado pela sociedade e pelos órgãos de proteção à natureza, já que além de praticar sua atividade legalmente, contribui de forma expressiva para a conservação das espécies, inclusive denunciando e colaborando no combate aos "caçadores" clandestinos (poachers). Estes, não são considerados caçadores propriamente ditos, mas indivíduos que ilegalmente coletam animais vivos ou mortos na natureza, de forma clandestina, para suprir um mercado ilegal, ou seja, são traficantes e não caçadores.

No entanto, apenas nos parques e fazendas de caça africanos, existem mais leões do que onças-pintadas em todo território brasileiro, onde a caça está proibida. Paradoxal? Apenas para quem não entende do assunto: se algo (mesmo um animal) representa renda estável e permanente para uma população ou para proprietários de terras, ele será conservado para gerar renda e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ao passo que uma espécie que não gera nenhum tipo de lucro, não recebe o benefício do esforço pela sua conservação com participação ativa da população, que seria beneficiada com a existência daquele animal em suas terras.

Por manejo da fauna silvestre, entendemos a atuação do homem sobre os animais silvestres de forma racional, para que possam ser aproveitados na geração de renda sem devastar os estoques da fauna encontrada na natureza, ou ainda a intervenção do homem nas populações de animais silvestres com vistas a controlar as suas densidades.
Neste último caso, temos diversas situações em que a intervenção humana se faz necessária, como, por exemplo, controle de zoonoses (doenças transmitidas por animais silvestres que podem atingir o homem ou outros animais, provocando às vezes epidemias graves). Outras vezes, uma determinada espécie pode se tornar uma praga da agricultura, atacando plantações e determinando graves prejuízos econômicos (existem casos registrados de aves que destruíram aproximadamente 70% da produção agrícola de um país).

Há casos em que o ecossistema está em desequilíbrio, seja pela ação do homem ou por catástrofes naturais, que algumas populações de animais crescem excessivamente, além do que seria suportável pelo ecossistema, e outras diminuem suas populações abaixo do que seria o normal em um ecossistema equilibrado. Nessas ocasiões, também se justifica uma ação do homem, no sentido de equilibrar o ecossistema como um todo e, em um primeiro momento, as populações que cresceram em excesso, já que podem prejudicar as demais espécies.

O manejo dos animais silvestres exóticos ou nativos pode ser feito de duas maneiras: através de criações destinadas a suprir o comércio em geral, tanto de animais vivos, como de carnes para restaurantes, açougues ou butiques de carnes especializadas, evitando assim a sua captura na natureza, ou com a implementação das fazendas de caça regulamentadas, pois conservam o ecossistema com sua flora original, beneficiando milhares de espécies que dependem desses ecossistemas e que não são objeto de caça, já que apenas algumas poucas espécies não ameaçadas e com excedentes populacionais poderão ser abatidas. Infelizmente o Brasil aproveita pouco este incrível modo de evitar a pressão cinegética ilegal sobre as espécies nativas e ainda de evitar a devastação de imensas áreas ocupadas por flora nativa, que será substituída por campos de pastagem ou plantações.

Não há mais do que três fazendas de caça autorizadas pelo Ibama em funcionamento no país, que na verdade tem potencial para instalar centenas delas, gerando recursos para os proprietários das terras, renda e melhoria da qualidade de vida das populações locais, além de manter conservadas imensas áreas de ecossistemas nativos, com sua fauna e flora praticamente intocadas.

Esta situação ocorre não por falta de interesse de proprietários rurais em instalar fazendas de caça legalizadas, mas por uma pressão de grupos radicais que supostamente estariam defendendo os direitos dos animais. Eles entram com ações na justiça e pressionam o Ibama e os políticos, de modo a impedir a instalação destas fazendas, que seriam a salvação para muitas espécies.

Na verdade, o que estes grupos conseguem é provocar mais devastação na natureza. Sem a possibilidade de obter renda com a implantação das fazendas de caça, os proprietários se vêem obrigados a desmatar e a substituir o ecossistema nativo por diversos tipos de plantações ou por pastagens para o gado, o que diminui de maneira drástica a biodiversidade local, inclusive com a extinção de diversas populações de plantas e animais nativos, contribuindo para a destruição dos ecossistemas naturais do Brasil.

Devemos sempre ter em mente que estes grupos radicais que militam pelos direitos dos animais, freqüentemente extrapolando o conceito do senso comum do que sejam maus tratos, não devem de modo algum ser considerados ambientalistas. Os verdadeiros ambientalistas buscam a conservação da natureza e do meio ambiente como um todo, sem abrir mão da sua utilização pelo homem, o que seria até mesmo impossível, visto que a humanidade necessita dos recursos naturais para sobreviver (alimentos, medicamentos, vacinas, móveis, vestuário, diversos bens de consumo etc).

O verdadeiro ambientalismo trata de conservar os recursos naturais renováveis para usufruto da humanidade, aproveitando-os e utilizando-os de forma racional, em quantidades suportáveis pelos ecossistemas, de modo que possam ser usufruídos permanentemente, de forma sustentável e sem ameaçar as espécies de extinção. Enquanto isso, os pseudo-ambientalistas preferem poupar ratos de laboratório, em detrimento de pesquisas que gerem novos medicamentos, vacinas etc. Em outras palavras, eles preferem salvar ratos a milhões de vidas humanas. Possuem até um slogan: "quer testar, testa na mãe".

Qualquer leitor de bom senso percebe que essa postura é insana, doentia. E analisando mais profundamente, em nada contribui para o meio ambiente e para a conservação dos recursos naturais, dos quais tanto necessitamos. Por tudo isso é que os verdadeiros ambientalistas precisam ganhar espaço na grande mídia, para que a opinião pública possa ser realmente conscientizada sobre o que é importante nas questões ambientais.

Enquanto os meios de comunicação abrirem espaço apenas para as manifestações escandalosas dos pseudo-ambientalistas e nossos políticos não tiverem coragem de enfrentar essa minoria barulhenta, mas insana e insignificante para a conservação da natureza, os brasileiros continuarão mal informados, mal mobilizados, e nosso país continuará na contramão da história. E a devastação só continuará aumentando.


* Jorge Eduardo Teixeira de Almeida é biólogo.

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