[REVIEW] Bark River Bravo-1

Bark River Bravo-1
sobrevivência/resgate/bushcraft

Acabo de receber minha faca mato, a Bravo-1 feito pela cutelaria Bark and River Knives and Tools. Essa faca corta feito o cão, piquei bambu como se fosse papel!!!

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Seguem minhas primeiras impressões sobre o produto.

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Comprimento total: 9.065 in (230 mm)
Comptimento da lâmina: 4.250 in (108 mm)
Aço da lâmina: A-2 tool steel (aço carbono)
Espessura da lâmina: .215 in (5,5 mm)
Peso: 7.375 oz (209 g)
Dureza: 59RC

A Bark River Knives and Tools é uma importante cutelaria norte americana. Fundada por Mike Stewart, estabeleceu como missão produzir o que há de melhor em facas de semi-produção. Não produzem apenas facas, mas sim “ferramentas que funcionam”. Utilizam o que há de melhor e mais moderno na metalurgia atual; tem como marca registrada o desbaste das lâminas em perfil convexo, e um tratamento térmico proprietário que confere grande resistência e manutenção do corte por mais tempo. O desenho e a funcionalidade de seus produtos são idealizados com o auxílio das discussões em fóruns sobre cutelaria, variando do clássico ao moderno. É uma empresa familiar que costuma conversar diretamente com seus cientes.

A Bravo-1, primeira faca da família Bravo, foi especialmente desenvolvida em colaboração com o pessoal do “Southern Training Center of the Force Recon Units of the U.S. Marine Corps”, que procuravam uma faca para uso pesado no mato. O resultado foi a Bravo-1. Uma faca que aguenta quase todo tipo de abuso. Como trata-se de uma faca de sobrevivência, espera-se que ela não te deixe na mão no meio da selva. Como tudo que é feito em parceria com os militares, a Bravo-1 foi, e ainda é, sucesso absoluto de vendas da fábrica.

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Em construção full tang, a faca é muito confortável de manusear, enche bem a mão; e é bem equilibrada devido a espiga “esqueletizada” que posiciona o centro de gravidade na altura do dedo indicador, como deve ser em uma faca pequena. O desbaste convexo da lâmina, característico de todas as facas do Mike Stewart, confere uma boa resistência ao fio de corte, mesmo após as tarefas mais pesadas. E é muito fácil de mantê-lo, apesar da maneira não usual de afiar (para os brasileiros).

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O cabo é feito de lona de algodão laminada com epoxy (Micarta), que em minha opinião é bem adequado ao uso no mato. Entretanto, todas as facas da Bark River estão disponíveis com cabos feitos de madeira e dos mais diversos materiais.

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Um ponto polêmico, que ainda gera muitas discussões, é a rampa no dorso da Bravo-1. Essa rampa foi ideia dos militares, e serve tanto para apoiar o polegar para ter maior apoio na hora de entalhar, quanto para acionar a pederneira na parte ondulada. A confusão acontece pois muitas vezes essa rampa inocente é confundida com uma “thumb ramp” comum em facas táticas. Mas a Bravo-1 é uma faca de sobrevivência e bushcraft, o que faz algumas pessoas julgarem essa rampa inadequada. Como solução, a cutelaria lançou alguns modelos sem rampa, e se dispões a remover a rampa da faca se solicitado pelo cliente.

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Essa é com certeza a faca de maior sucesso já feita pelo Mike Stewart. E além do aço carbono A-2, já existem versões mais caras em aço carbono CPM 3V e aço inoxidável CPM S35VN. A família cresce a cada ano com novos modelos, como a Bravo-Necker II, Gunny, Bravo-2, Bravo-1, e Bravo-Necker, de cima para baixo na foto.

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Já tem outros modelos da família Bravo a caminho.

Linda faca Lincoln,parabens!Quanto vc pagou por essa belezura?Desculpe perguntar...
Um abraco.

Parabéns pela aquisição Lincoln!! E também pelas fotos e descrição do produto. Repito a pergunta do colega acima, quanto pagou?

parabéns pela faca Lincoln, deve ser fantástica

mais um vício danado heim

Excelente artigo! Esse tipo de review com postura pé no chão e coesa, ainda sobre um produto que tem as mesmas qualidades, eleva essa sub-sessão do fórum quanto a esse tipo de tema. A faca também me fez voltar a gostar de facas de sobrevivência, pois já tinha esquecido que existem essas realistas desse estilo. Sobrevivência é algo muito sério. Depois de passada a imensa febre do que foi chamado "Rambonismo" nos anos 80 (que por consequencia deu lugar a um cada vez maior numero de proprietários usuários decepcionados na lida com esse tipo de faca de sobrevivência ao longo de anos 90) naturalmente, voltaram as necessidades de suprir a carência que essa onda tinha causado por outro tipo de produto pras mesmas finalidades. Reininiciaram o estilo do zero primeiro corrigindo um montão de erros, e iniciando essa faze das facas assim, concebidas com grande franqueza e notavel preocupação com a realidade das situações de sobrevivência. A excelente faca Falkniven A1 (assim como a F1) também são bons exemplos dessa faze diferente.

A A1 da Falkniven por exemplo, tem basicamente o mesmo design da Bravo 1 (e de outras facas de sobrevivência similares desse período pra cá) foi fabricada e ainda é usada pelas forças armadas suíças apesar de também vendida pra civis e é considerada ainda hoje como nada mais nada menos que a melhor faca industrial feita pra outdoor do mundo (e não só de sobrevivência) entre 9 a cada 10 sites de especialistas sérios. Desde o legendário aço San-Mai usado (ainda por cima com aços inox e carbono, ambos dos tipos mais requisitados do mundo na cutelaria de primeira qualidade) forjados na mesma lamina, até o caro material do cabo que não gruda na mão do usuário no frio, não dilata as partes em mudanças drásticas de temperatura gerando ou folgas ou trincaduras por compressão, não quebra, o cabo tem ergonomia versátil,
não machuca a mão (ainda mais pra trabalhos pesados por tempo mais longo, como construindo um abrigo pra duas pessoas ou uma jangada simples), ele também não gira na mão do usuário quando ele golpeia (o que é desnecessário dizer o quanto é uma obrigação básica de qualquer faca feita pra coisa), esse ainda tem formato chato pra ser amarrado à um madeira pra formas ferramentas básicas de sobrevivência como uma Zagaia ou lança de caça e defesa de animais (incluso os maiores ) em emergências no mato/natureza e mais outras muitas características distintas na faca prevendo as situações mais extremas dentro dessa esfera, etc. etc. etc.

Ainda por cima a A1, e esse tipo de faca com mesmas características (como a Bravo 1, F1 e outras similares de tão comprovada qualidade mundo á fora) são ferramentas com uma característica imprescindível, elas são manejáveis!

Esse tipo de faca de sobrevivência que mencionei e as desse tópico, me fizeram ver que as coisas não ficaram paradas pra quem queria produtos mais sérios pra essas atividades (afinal, é de vida e morte que se trata a sobrevivência e com o passar do tempo, a maioria das pessoas se tocou que não dá pra brincar de filme nesse tipo de caso na vida real, ainda mais em lugares mais arriscados). Antes, me deparava mais com modismos puramente comerciais criados pra um publico ou leigo ou só iniciante e que vendia muito por se apoiar mais na estética exageradamente elaborada e apelativa, marketing realmente fantasioso quanto à utilização e versões variadas da mesma proposta de faca multi-milagreira ou de faca multi-tudo pra selva da Acme, onde, mesmo sendo oferecidas como (mais uma) inovação em determinada faze datada, também já eram, por natureza, produtos típicos das diferentes ondas de consumo que eram (e ainda são) impostas pelas mesmas táticas marqueteiras de sempre dos maiores tubarões industriais e artesanais da gringolãndia. Isso por si só, por anos, deixou um publico realmente praticante de sobrevivência e de atividades similares na natureza, que as faziam de forma séria freqüente e calcada no real, sem tantas opções de modelos mais indicados pra essas atividades de fato.

Meus parabéns pela ótima escolha de compra que fez e mais uma vez parabéns pelo excelente tópico, que agrada aos olhos por entre outras coisas ser bem redigido e bem organizado na introdução, objetivo e conclusão das idéias que são inteligíveis. Grande abraço.

É verdade,Trautmann. Quem passou pelos idos de 1980 não tem como não associar sobrevivência com facas hollow hand, como a usada pelo Rambo. Eu peço desculpas aos fans do Rambo, mas se eu tiver que escolher uma faca pra levar pro mato, com certeza não seria a do Rambo. Pois o design da lâmina dificulta praticamente todas as tarefas do bushcraft. Mas de uns 20 anos pra cá, as pessoas passaram a associar o bushcraft com as facas inglesas com desbaste scandi. Que são facas realmente mais adequadas a sobrevivência. Então acho que rambonisno sobrevive a míngua com dois ou três gatos pingados. É somente uma opinião, não quero com isso ofender os fans das facas hollow hand.

A Bravo-1 é sempre comparada a Fallkniven F1. As lâminas tem quase o mesmo tamanho, e quase o mesmo formato. Sem falar no desbaste convexo de ambas, que é extremamente raro em facas de produção.

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A Bark River, fabricante da Bravo-1, personaliza as Fallkniven.

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Realmente é empírico! Muito bem colocada também essa nova leva de dados e fotos. Aproveito pra corrigir uma confusão feita entre F1 e A1, onde comparei com a Bravo 1 e também pra complementar que muito menos eu não quero, de forma alguma, ofender nem um fan do Rambo ou saudoso desses produtos nem coisa parecida, se acaso isso ficou pairando sem definição. Ainda mais trocando reflexões com um numero que nem conheço de aficionados por arcos, facas e etc. que certamente tem os mais diferentes motivos pra gostarem dessas mesmas coisas. Eu mesmo também gostei demais dos filmes por diversão e os próprios fãs já estão acostumados, pois acompanharam até mesmo o próprio personagem mudar de preferência pelo estilo de faca no decorrer da sua saga. Rs.

Estamos para trocar informações e diferentes pontos de vista. Aqui não me dirijo nem à gostos pessoais, nem a consumidores desse ou daquele estilo, no que só me refiro (as vezes até com certo antagonismo quanto à um tipo x de bem de consumo) é só relacionado à um filão específico de produto que me é adversativo, que foi criado (e creio que mais reproduzido) em tempos e terras distantes daqui. Dessa forma também, poder por contraponto, elogiar e falar um pouco sobre esse outro estilo de facas com finalidades em comum, que engloba a faca desse tópico como um ótimo exemplo e que é um tipo ou estilo de faca ainda atual que me causa bastante admiração, especialmente pela sobriedade da maioria dos modelos que seguem os mesmos padrões técnicos ou padrões muito similares e também por causa dos famosos méritos palpeveis da maioria desses, que tão comprovadamente não são nem pequenos e nem poucos. Abraços.