Ambrósio.
São duas peças diferentes em forma e função e, portanto, no tratamento térmico, resistência, etc.
Vou começar com a Cavalini.
Embora seja fabricada pelo Ricardo Vilar que é, sem sombra de dúvida um dos mestres da cutelaria mundial, mas a faca em questão não foi projetada por ele, se olhar os modelos dele vai ver que são bem mais simplistas mais tem mais funções agregadas. A Cavalini foi projetada pelo Celso Cavalini que é reporter e praticante de esportes de aventura e tem um monte de detalhes que, no frigir dos ovos, só atrapalham. Já no quesito durabilidade, qualidade de aço/têmpera etc, é incomparável. O Ricardo corta cabo de aço com as facas dele, perfura chapas de porta de automóvel etc. Pra se ter uma idéia, o facão dos formandos do CIGS, a faca do grupamento paraquedista e do BFOR (este último eu não tenho certeza, foi uma informação que me passaram mas eu não pude comprovar ainda) é feito por ele e só é dado aos melhores dos melhores no nosso exército. Seu grande diferencial é a têmpera que beira a casa dos 60° RC e torna o fio muito duradouro, infelizmente por esse mesmo motivo, mais difícil de afiar em caso de perda, mas pra perder esse fio o cara tem que ralar muito.
Quanto à forma. A faca é cheia de arestas e quinas vivas que, me perdoem os mais conhecedores, mas depois de um dia de trabalho abrindo picadas ou construindo abrigos o portador não vai nem conseguir fechar mais a mão pois ou vai estar cheia de bolhas ou toda cortada pelas quinas do cabo, guarda e gavião.
Agora a IMBEL.
É, sem dúvida uma grande faca e um marco na indústria militar brasileira, com certeza vai durar uma eternidade nas mãos de um campista, foi feita pra agüentar os maus tratos que um militar lhe impõe, como abrir caixas de madeira, cortar arames, *fazer armadílhas etc. Na minha opinião, a função é muito mais adequada a um Soldado/caçador/sobrevivente que a um bushcrafter por causa do tamanho. A IMBEL escolheu esse desenho para as suas facas AMZ para as nossas unidades de selva por causa do alcance que ela tem, mas a forma também não ajuda muito a sobrevivência mas sim a função peincipal que é a defesa. O grande problema dela (alem do peso) são os seus 54º RC que vai fazê-la perder o fio muito rapidamente e sem aparatos de afiação disponíveis vai fazer o usuário suar muito pra executar qualquer tarefa depois de algum tempo de uso. O conceito da IMBEL é o de que o fio pode ser perdido mas a faca nunca vai quebrar e sempre servirá para a defesa pois esse é o objetivo principal de uma faca de uso militar. Pecado, pois poderia ser acrescentado 1 mm de grossura, diminuir uma ou duas polegadas e endurecer mais uns 3º RC e ficaria muito melhor. Meio com cara de BK9, mas melhor.
Bom, essa é a minha opinião, precisa ver o que os especialistas militares pensam a respeito pois creio que eles tenham um conceito diferente do meu e o melhor, endoçado por décadas de experiência.
Notou o asterisco sobre o "fazer armadilhas". Faser armadilhas com ela é tarefa bem complicada por causa do tamanho.
Agora a minha sujestão de faca.
Na minha opinião, a IA2 da própria IMBEL ou uma Ka-BBAR, como sujeriu o Danilo são facas muito mais versáteis que qualquer uma das que você perguntou. O que não me agrada é o preço de nenhuma delas.